Nessa quarta-feira (6), o comediante Leo Lins fez uma série de publicações polêmicas em seus stories do Instagram. Uma, porém, chamou a atenção por causa de um detalhe, no mínimo, curioso. O humorista, muito famoso por suas piadas controversas, se comparou ao ator Paulo Gustavo e fez um questionamento para lá de inusitado a seus seguidores.
Leo Lins, no início dessa semana, virou réu por publicar materiais preconceituosos e discriminatórios contra minorias e teve 300 mil reais de suas contas bancárias bloqueados. Após isso, o comediante publicou uma sequência de stories falando sobre o assunto. Em dado momento, citou a Lei Paulo Gustavo, mostrando que o Governo do Estado de São Paulo tinha aberto inscrições da lei citada.
Logo em seguida, o humorista se comparou ao falecido ator e questionou se ele seria adorado pela classe artística se fosse hétero. Leo Lins publicou um trecho de filme “Minha Vida em Marte”, no qual Aníbal – personagem do Paulo Gustavo – avisa a Fernanda (Mônica Martelli) que vai falar com um anão contratado para trabalhar no aniversário da filha da protagonista.
Fernanda então alertou Aníbal de que ele não poderia usar o termo “anão” e sim “pessoa verticalmente prejudicada”. Em cima do recorte utilizado, Leo Lins escreveu: “O Paulo Gustavo HOJE seria odiado e reprovado pela lei… ‘Paulo Gustavo’“. Logo abaixo completou: “Se o Paulo Gustavo fosse hétero, fazendo as mesmas piadas, a classe artística teria a mesma adoração por ele?“.
O comediante comparou o teor de suas piadas às piadas do ator Paulo Gustavo e se mostrou indignado por ter seus conteúdos bloqueados, enquanto o falecido humorista não recebia a mesma sentença. Vale lembrar que os materiais produzidos pelo filho de Déa Lúcia não se assemelham em nada com o tipo de humor utilizado pelo Leo Lins, o qual ofende e discrimina diversas minorias, assim como identificou o Ministério Público.
A Lei Paulo Gustavo foi regulamentada pelo Ministério da Cultura e tem como objetivo auxiliar e apoiar trabalhadores do setor cultural que foram impactados, de alguma forma, pela pandemia da Covid-19. Em suma, é um apoio financeiro da União aos Estados, Distrito Federal e Municípios para garantir ações emergenciais para combater e minimizar os efeitos da pandemia na área da cultura.